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Projetos corporativos com mais participação

Escritório Casa2. Foto: Ivan Araújo

Elaborar projetos com participação e envolvimento dos clientes é algo que não abrimos mão. E em projetos corporativos isso não poderia ser diferente!

Mas, por se tratar espaços utilizados por muitas pessoas, que influenciam diretamente no dia a dia, bem estar e trabalho de tantos colaboradores, isso exige um processo de trabalho próprio, diferente de projetos residenciais, por exemplo.

Vamos contar aqui um pouco sobre como acontece o desenvolvimento de projetos corporativos, e principalmente como fazemos para considerar os desejos de tantas pessoas. 

QUEM OPINA, PARTICIPA E DECIDE SOBRE O PROJETO?

Muitos projetos para escritórios ou empresas são pensados para acomodar dezenas ou centenas de pessoas. Muitas vezes é quase impossível que todas se envolvam de forma intensa no processo. Por isso, pra começar, é preciso definir uma equipe limitada que vai se participar mais profundamente das decisões ao longo de todo o desenvolvimento do projeto. E a escolha de quem vai compor esse time deve ser estratégica: quanto melhor essas pessoas conhecerem a cultura da empresa, seu dia a dia, as necessidades e dores das equipes, melhor!

Mas a definição desse time envolvido diretamente com o projeto não significa que os outros colaboradores não serão ouvidos. Para garantir que cada um possa falar, sem medo de ser julgado, enviamos a todos um questionário online com perguntas e espaço pra se expressarem livremente. Com as respostas, geramos gráficos, comparamos resultados entre equipes e conseguimos mapear as necessidades de cada um. Isso é apresentado para o time mais envolvido com o projeto e embasa cada decisão a ser tomada.

Dar oportunidade para todos falarem e assimilar isso no projeto é algo que faz toda a diferença! Os colaboradores se sentem (e de fato são!) ouvidos, o que impacta no resultado final do projeto e na relação de cada um com o espaço e com a empresa.

A partir daí, o processo segue de forma similar ao nosso método em projetos residenciais, sempre com grande foco na participação. 

ESTUDO PRELIMINAR

Depois de fazer um diagnóstico sobre a situação atual dos espaços físicos da empresa, ouvindo cada um dos colaboradores, chega a hora de começar a projetar! Desenvolvemos mais de uma opção de planta inicial para o projeto. Assim, exploramos e apresentamos diferentes possibilidades de organização e dimensionamento dos espaços, para que o time mais envolvido escolha a que melhor atende o coletivo.

Veja abaixo as opções de organização dos espaços da Tagna:

Ps.: é super comum sairmos da reunião com uma “mistureba” de opções, pegando o pedacinho que mais agrada de cada planta. O resultado é um ponto de partida para o projeto com a cara da empresa, personalizado de acordo com as escolhas de quem está lá no dia a dia. Comparar diferentes alternativas no início do projeto faz com que avancemos com mais maturidade, certos de que, juntos, avaliamos caminhos, e seguros de uma decisão consciente e participativa – o que resulta em muito mais agilidade e menos revisões e passos pra trás nas etapas seguintes.

TROCA DE REFERÊNCIAS

No mesmo dia da apresentação do Estudo Preliminar, enviamos o que chamamos de “caderno de referências”: uma coletânea com fotos de espaços em diferentes estilos, para que a equipe envolvida com o projeto possa marcar e comentar nas imagens que chamarem mais a sua atenção.

Com isso, assimilamos ainda melhor o estilo que esperam para a empresa, o que nos ajuda a criar um projeto em harmonia com isso!

ANTEPROJETO

Com planta definida e referências selecionadas, fazemos um modelo em 3d do projeto, com cores, materiais, texturas… a cara final do projeto! Apresentamos imagens de diferentes ângulos dos espaços, para conversarmos sobre cada detalhe.

PROJETO EXECUTIVO

Com todas as decisões já tomadas, chega a hora de transformar tudo em uma linguagem técnica para os orçamentos e a execução. São desenvolvidos desenhos, tabelas e textos que detalham todo o projeto e garantem a sua perfeita materialização.

Sede da Tagna. Foto: Dentro Fotografia

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Espaços de trabalho menores? Não, melhores.

Você já pensou que pode ser estratégico repensar e, quem sabe, diminuir a área dos espaços físicos de empresas? Essa escolha pode ser feita para reduzir despesas fixas ou para se adaptar a novas realidades de trabalho, em que a presença dos colaboradores não precisa ser diária.

A mudança para um espaço menor, ou até mesmo o compartilhamento do espaço atual com outras empresas ou profissionais, não significa necessariamente uma perda no conforto dos colaboradores ou visitantes. Nem mesmo um impacto negativo para clientes e parceiros.

Um bom planejamento espacial pode significar a redução dos espaços ociosos e um uso estratégico da área disponível.

ESPAÇOS MENORES, MAS OTIMIZADOS

Há cinco anos, antecipando o que pode se tornar uma tendência, a agência de comunicação Filadélfia (Belo Horizonte) entendeu que era vantajoso se mudar para um espaço menor e com uma localização mais central. Na época, a sede da agência ocupava cerca de 900m² em uma região mais afastada do centro da capital mineira.

O novo espaço, na Savassi, com 360m² (quase um terço da área anterior), deveria receber a mesma equipe, aproveitando também o mobiliário que a empresa já possuía.

Esse desafio só foi possível com um projeto arquitetônico cuidadoso. Para esse tipo de mudança, o ideal é que arquitetos e gestores trabalhem juntos. Os gestores entendem as diferentes necessidades de privacidade, concentração e interação entre suas equipes. Por outro lado, os arquitetos garantem as melhores soluções de layout, conforto acústico, iluminação, privacidade e integração.

Duas diretrizes principais nos guiaram para a otimização do espaço da nova sede da Filadélfia:

– Diminuição dos corredores e áreas exclusivamente destinadas à circulação. Para isso, posicionamos espaços de trabalho e de uso comum entre os ambientes fechados, como salas de reunião, funcionando como ambientes de transição;

– Compartilhamento de espaços entre equipes, pensado de forma estratégica. Ambientes menos segmentados costumam gerar uma boa economia espacial, reduzindo o espaço ocupado por portas, divisórias e corredores.

O compartilhamento de espaços entre equipes diferentes deve ser estudado com cuidado, entendendo as necessidades de privacidade, concentração e propagação sonora de cada uma.

AMBIENTES MAIS VERSÁTEIS E INTELIGENTES

Com os espaços mais abertos e compartilhados, é importante promover medidas de tratamento acústico. Uma solução interessante para reduzir incômodos com conversas, videochamadas e telefonemas nos leva ao segundo projeto que trouxemos como exemplo: a Tagna Tecnologia (Belo Horizonte).

Na nova sede da empresa, além do piso de carpete contribuir para uma boa acústica, a criação de pequenas cabines colabora para a redução do barulho.

As cabines contribuem para o isolamento acústico de pequenas reuniões, reduzindo conflitos nos espaços de trabalho e diminuindo a demanda por mais salas de reunião.

O projeto da Tagna traz também outras características interessantes para usos estratégicos do espaço físico. Ao se mudar para a nova sede, a empresa precisava de ambientes multifuncionais, atendendo às mudanças na sua cultura.

Pensando em jornadas de trabalho mais flexíveis para seus colaboradores, a Tagna entendeu que não precisava ter toda a equipe presente na sede da empresa todos os dias da semana. Alguns poderiam trabalhar à distância, indo à empresa esporadicamente.

Assim, a quantidade de postos de trabalho fixos pôde ser menor do que o número de funcionários. Para acomodar todos mesmo nos dias de maior concentração da equipe no escritório, foram dispostas mesas extras ao longo do espaço. Mas elas não são exclusivamente postos de trabalho. As mesas funcionam como coringa, acomodando também pequenas reuniões, confraternizações, cafés, momentos de descompressão, entre outras funcionalidades.

Ao tratarmos de otimização de espaços, a versatilidade é super bem-vinda.

Muitas atividades não são simultâneas e demandam estruturas físicas similares. Na Tagna, o espaço de entrada é (não necessariamente ao mesmo tempo) espaço de espera, confraternização, sala de cursos, treinamentos, palestras e copa.

Menos corredores e salas ociosas e mais espaços compartilhados e versáteis são apenas alguns exemplos para otimizar espaços de trabalho. As possibilidades são muitas! A única regra pra gente da Dobra é: não fazemos isso sozinhos!

Sala de reuniões e estações de trabalho da Filadélfia. Foto: Bárbara Dutra

Estações de trabalho da Filadélfia. Foto: Bárbara Dutra

Tagna. Foto: Dentro Fotografia

Entrada da Tagna. Foto: Dentro Fotografia

Entrada da Tagna. Foto: Dentro Fotografia