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Espaços de trabalho menores? Não, melhores.

Você já pensou que pode ser estratégico repensar e, quem sabe, diminuir a área dos espaços físicos de empresas? Essa escolha pode ser feita para reduzir despesas fixas ou para se adaptar a novas realidades de trabalho, em que a presença dos colaboradores não precisa ser diária.

A mudança para um espaço menor, ou até mesmo o compartilhamento do espaço atual com outras empresas ou profissionais, não significa necessariamente uma perda no conforto dos colaboradores ou visitantes. Nem mesmo um impacto negativo para clientes e parceiros.

Um bom planejamento espacial pode significar a redução dos espaços ociosos e um uso estratégico da área disponível.

ESPAÇOS MENORES, MAS OTIMIZADOS

Há cinco anos, antecipando o que pode se tornar uma tendência, a agência de comunicação Filadélfia (Belo Horizonte) entendeu que era vantajoso se mudar para um espaço menor e com uma localização mais central. Na época, a sede da agência ocupava cerca de 900m² em uma região mais afastada do centro da capital mineira.

O novo espaço, na Savassi, com 360m² (quase um terço da área anterior), deveria receber a mesma equipe, aproveitando também o mobiliário que a empresa já possuía.

Esse desafio só foi possível com um projeto arquitetônico cuidadoso. Para esse tipo de mudança, o ideal é que arquitetos e gestores trabalhem juntos. Os gestores entendem as diferentes necessidades de privacidade, concentração e interação entre suas equipes. Por outro lado, os arquitetos garantem as melhores soluções de layout, conforto acústico, iluminação, privacidade e integração.

Duas diretrizes principais nos guiaram para a otimização do espaço da nova sede da Filadélfia:

– Diminuição dos corredores e áreas exclusivamente destinadas à circulação. Para isso, posicionamos espaços de trabalho e de uso comum entre os ambientes fechados, como salas de reunião, funcionando como ambientes de transição;

– Compartilhamento de espaços entre equipes, pensado de forma estratégica. Ambientes menos segmentados costumam gerar uma boa economia espacial, reduzindo o espaço ocupado por portas, divisórias e corredores.

O compartilhamento de espaços entre equipes diferentes deve ser estudado com cuidado, entendendo as necessidades de privacidade, concentração e propagação sonora de cada uma.

AMBIENTES MAIS VERSÁTEIS E INTELIGENTES

Com os espaços mais abertos e compartilhados, é importante promover medidas de tratamento acústico. Uma solução interessante para reduzir incômodos com conversas, videochamadas e telefonemas nos leva ao segundo projeto que trouxemos como exemplo: a Tagna Tecnologia (Belo Horizonte).

Na nova sede da empresa, além do piso de carpete contribuir para uma boa acústica, a criação de pequenas cabines colabora para a redução do barulho.

As cabines contribuem para o isolamento acústico de pequenas reuniões, reduzindo conflitos nos espaços de trabalho e diminuindo a demanda por mais salas de reunião.

O projeto da Tagna traz também outras características interessantes para usos estratégicos do espaço físico. Ao se mudar para a nova sede, a empresa precisava de ambientes multifuncionais, atendendo às mudanças na sua cultura.

Pensando em jornadas de trabalho mais flexíveis para seus colaboradores, a Tagna entendeu que não precisava ter toda a equipe presente na sede da empresa todos os dias da semana. Alguns poderiam trabalhar à distância, indo à empresa esporadicamente.

Assim, a quantidade de postos de trabalho fixos pôde ser menor do que o número de funcionários. Para acomodar todos mesmo nos dias de maior concentração da equipe no escritório, foram dispostas mesas extras ao longo do espaço. Mas elas não são exclusivamente postos de trabalho. As mesas funcionam como coringa, acomodando também pequenas reuniões, confraternizações, cafés, momentos de descompressão, entre outras funcionalidades.

Ao tratarmos de otimização de espaços, a versatilidade é super bem-vinda.

Muitas atividades não são simultâneas e demandam estruturas físicas similares. Na Tagna, o espaço de entrada é (não necessariamente ao mesmo tempo) espaço de espera, confraternização, sala de cursos, treinamentos, palestras e copa.

Menos corredores e salas ociosas e mais espaços compartilhados e versáteis são apenas alguns exemplos para otimizar espaços de trabalho. As possibilidades são muitas! A única regra pra gente da Dobra é: não fazemos isso sozinhos!

Sala de reuniões e estações de trabalho da Filadélfia. Foto: Bárbara Dutra

Estações de trabalho da Filadélfia. Foto: Bárbara Dutra

Tagna. Foto: Dentro Fotografia

Entrada da Tagna. Foto: Dentro Fotografia

Entrada da Tagna. Foto: Dentro Fotografia