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Coleção Moderna [CasaCor 2018]

Coleção de móveis desenvolvida para o Campo das Palestras Sesc da CasaCor Minas 2018, a partir da cadeira Moderna – um ícone do design popular produzido em Belo Horizonte.

Para quebrar a rigidez entre palco e plateia dos espaços tradicionais de palestras, desenhamos uma linha de móveis que inclui, além da cadeira Moderna, cadeira de balanço, banco, longarina, mesa baixa, mesa alta, gangorra, biombo e cama.

As estruturas brancas em metalon seguem as linhas da peça original e se desdobram para conformar novos mobiliários. Chapas de compensado e elementos estofados trazem constrastes de cor e textura.

Belo Horizonte, 2018

Ficha técnica:
Projeto: Dobra Arquitetura e Lucas Durães
Serralheria: Pingo Serralheria
Marcenaria: Fábrica jangada
Fotos: Thobias Almeida

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Instalação ‘usos futuros’ [CasaCor 2017]

Projeto elaborado em parceria com o Estúdio Lampejo, como parte do Circuito das Estações, na Casacor Minas 2017. A instalação, localizada em um dos corredores da edificação histórica na rua Sapucaí, que sediou o evento, tinha como tema os ‘usos futuros’ – do ambiente, da casa, da cidade.
“Pensar o futuro desse espaço é antes de tudo entender que esse, como qualquer outro lugar, é um espaço de passagem. Por esses corredores caminharam outras pessoas, de outros tempos, com preocupações talvez muito distintas das nossas. Por isso, nos interessou evidenciar este encontro, em que a trajetória do visitante se cruza com a história desta casa – destes tijolos, desta rua, desta cidade. Lançar luz sobre as paredes marcadas pelo tempo. Meditar sobre como todas as coisas contém a semente de sua própria transformação. As bandeiras configuram, neste corredor, um portal em que a cada passo um novo verso se revela. Para ler todo o poema é preciso percorrer o trajeto de ida e volta. Tomamos emprestadas as palavras da poeta belo-horizontina Ana Martins Marques, um dos nomes mais celebrados da poesia brasileira contemporânea.”

Belo Horizonte, 2017

Ficha técnica:
Projeto: Dobra Arquitetura
Fotos: Rafael Mota

Trajeto de volta

Trajeto de ida

Trajeto de ida

Trajeto de volta

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Festival Música Mundo 2018

O Música Mundo é um encontro internacional para profissionais de música, que envolve rodada de negócios, painéis, encontros e shows de artistas de várias regiões do mundo.

Na edição de 2018 o festival ocupou o Museu de Artes e Ofícios, o Centro de Referência da Juventude e a Rua Aarão Reis. Nosso desafio foi garantir que em cada um desses espaços a identidade do evento estivesse presente e os participantes conseguissem transitar sem dificuldades.

Trabalhando lado a lado com a equipe de design gráfico, desenvolvemos os palcos, a sinalização e a comunicação de cada ambiente. Toda a cenografia foi elaborada pensando no melhor uso dos materiais – de forma a gerar menos lixo e poder reaproveitar as estruturas na próxima edição do evento.

Brincando com a ideia de uma feira musical, onde os participantes vão para vender seu peixe, aproveitamos a estética colorida, a tipografia marcante, o tapume como material base e claro, os peixes, que acompanharam o público em todos os espaços.

Belo Horizonte, 2018

Ficha técnica: 
Projeto: Dobra Arquitetura
Design Gráfico: Estúdio Lampejo
Fabricação digital (tapume): Fábrica Jangada
Fotos: Moviola e Dobra Arquitetura

MUSEU DE ARTES E OFÍCIOS

cadastramento

cadastramento

sinalização interna

sinalização interna

_mergulho_ no túnel

“mergulho” no túnel

área de convivência

área de convivência

rodada de negócios
rodada de negócios (1)

rodada de negócios

CENTRO DE REFERÊNCIA DA JUVENTUDE

arena lounge

arena lounge

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comunicação

comunicação

auditório

auditório

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PALCO NO MUSEU

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PALCO AARÃO REIS

palco

palco

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MM em tapume

MM em tapume

entrada do evento

entrada do evento

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bares e caixa

bares e caixa

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Loja Mooca

A Mooca é uma loja, um market place e uma aceleradora de produtores locais, tudo ao mesmo tempo. Isso quer dizer que a cada ciclo mudam os produtores e o mix de produtos expostos – que vão desde temperos a roupas e mobiliário.

Topamos então o desafio de projetar este espaço trazendo a descontração da marca sem ofuscar os produtos e garantindo a flexibilidade da loja – fundamental para o modelo de negócio.

Piso e paredes com textura de cimento queimado e cremalheiras amarelas fixadas nas paredes laterais formam a base do projeto. Para complementar, uma variedade de suportes móveis: paineis metálicos, prateleiras translúcidas e totens de tela metálica podem ser distribuídos pela loja de acordo com a demanda do momento.

O balcão segue as linhas da marca e otimiza o espaço embaixo da escada. Para finalizar, dois paineis de madeira branca escondem a escada e os medidores de luz.

Belo Horizonte, 2017

Ficha técnica:
Projeto: Dobra Arquitetura
Imagens: Luana Aguiar
Status: em execução

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Kalimo

A Kalimo – empresa do setor têxtil – encontrou uma casinha simpática no Prado para abrir sua franquia em Belo Horizonte.  A reforma consistiu principalmente em adaptar os ambientes e a decoração ao estilo moderno e clean da marca.

A quebradeira maior aconteceu para dar lugar a uma cozinha aconchegante e a uma área com pérgola e jardim nos fundos, onde os clientes pudessem relaxar e tomar um café. No showroom, optamos por deixar as paredes claras para que os tecidos expostos fossem os protagonistas do ambiente. 

Belo Horizonte, 2015.

Ficha técnica: 
Projeto: Dobra Arquitetura + Valéria Pitangui
Fotos: João Américo

Showroom

Pintura com textura de concreto nas paredes, rodapé alto de mármore, estampa adesivada na porta.

Showroom

Pintura com textura de concreto nas paredes, rodapé alto de mármore, estampa adesivada na porta.

Copa para atender clientes e funcionários.

Grades aproveitadas da antiga fachada da casa. Cobertura de pérgola de madeira.

Copa para atender clientes e funcionários.

Grades aproveitadas da antiga fachada da casa. Cobertura de pérgola de madeira.

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Show Flávia Ellen

Projeto e execução da cenografia para o show de lançamento do primeiro EP da cantora Flávia Ellen. Para desenvolver o cenário, tivemos divertidas conversas para entender seu percurso como cantora e ouvimos as músicas diversas vezes.

Com referências a aquarelas, arabescos, praças e cidades, o cenário inspirava paixão, alegria e, segundo a própria Flávia, uma “sem-vergonhice discreta”.

O cenário atendeu a três demandas: ser uma interpretação cenográfica do “clima” das músicas, harmonizar com o encarte do EP e, claro, caber no orçamento curto do show.

Para tanto, utilizamos uma instalação de pendentes e telas coloridas, que ficavam transparentes ou opacas de acordo com a iluminação.

Belo Horizonte, 2015
Teatro da Maçonaria

Ficha técnica: 
Projeto: Dobra Arquitetura
Fotos: Ethel Braga

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Bim.bon Componentes Modulares

Vista de um conjunto de casas a partir da praça interna, configurando espaços públicos como extensões dos espaços privados

O Prêmio bim.bon 2014 tinha como premissa a utilização da plataforma – que facilita a especificação de materiais e o orçamento de projetos arquitetônicos – para projetar uma moradia de projeção limitada a 10 por 10 metros que utilizasse materiais construtivos da categoria Indústria Mineira.

Bim.bon Componentes Modulares, além de desenvolver uma unidade de habitação, propõe a expansão da ferramenta virtual.

Com o intuito de potencializar a personalização das casas e visando uma construção rápida e seca e o uso sem desperdício dos materiais, adotou-se a coordenação modular para gerar um repertório de componentes (estrutura, vedações e cobertura) que podem ser facilmente recombinados. Para criar o repertório – baseado em uma medida de referência de 80cm -, valorizou-se sobretudo a imprevisibilidade (infinitas possibilidades de montagem), a receptividade (incorporação de materiais externos ao repertório original), a adaptabilidade (adaptação de componentes durante a montagem) e o reuso (reutilização de peças e reformas) (KAPP; OLIVEIRA, 2006).

Com o repertório de componentes, que seria disponizado em modelos 3d na plataforma Bim.bon, busca-se não apenas agilizar o trabalho de engenheiros e arquitetos, mas também possibilitar que o público geral possa ter papel ativo na concepção e planejamento de projetos arquitetônicos. A possibilidade de antever diversas soluções construtivas tornaria mais direta e clara a relação entre decisões de projeto, qualidades espaciais e custo final da obra. Objetiva-se, assim, que cada família possa projetar previamente o próprio lar de acordo com suas necessidades e desejos específicos, quebrando a repetição monótona e a imposição de um modelo único e padronizado de casa.

Viabilização. Esse processo de projeto e construção de habitação de baixo custo está alinhado com as premissas do Minha Casa Minha Vida – Entidades, que, na contramão do MCMV predominante, “estimula o cooperativismo e a participação da população como protagonista na solução dos seus problemas habitacionais” (CAIXA, 2014). Dessa forma, é possível vislumbrar um novo tipo de produção habitacional, no qual o Bim.bon Componentes Modulares seria a peça de articulação entre famílias, arquitetos e fornecedores.

Implantação alternativa. A configuração tradicional de lotes gera desenhos urbanos monótonos e repetitivos. Buscou-se uma implantação alternativa, com maior qualidade ambiental para a vizinhança, ao criar agrupamentos de sete casas com espaços intersticiais positivos que permitem apropriações pelos moradores e interação entre vizinhos. Ruas locais e pequenas praças internas conectam-se às habitações, configurando espaços públicos como extensões do espaço privado.

As dimensões do lote, de 10 metros de comprimento por 7,60 metros de largura, são condizentes com a capacidade de custeamento por meio de financiamento pela população de baixa renda e respondem às necessidades de diferentes famílias, possibilitando a ocupação total com layouts diversificados.

Menção honrosa no Prêmio bim.bon 2014: Casa 10×10

“A elaboração de um sistema construtivo flexivel, baseado em um repertório de componentes modulares, responde muito bem tanto à questão da racionalidade na construção quanto à possivel participação dos usuários no processo de construção ou de transformação da moradia.”

– Vinicius Andrade, jurado e sócio do escritório Andrade Morettin Arquitetos

Ficha técnica:
Projeto: Dobra Arquitetura

Vista interna da casa a partir da sala de jantar, com a sala de estar à esquerda e a cozinha ao fundo

Organização interna e materiais construtivos. A malha de 3,20 x 2,40 m, definida como base para a instalação dos pilares metálicos e vedações de modulação 80cm, proporcionou o desenvolvimento de um núcleo central que dá acesso direto à rua interna e ao quintal, que se integra à praça. Os quartos e uma sala comercial – que poderia abrigar um atelier de costura, por exemplo, ou se transformar um pequeno quarto – foram localizados em uma das fachadas, o que garante a possibilidade de acesso independente.

Evolução no tempo. A casa, entendida como processo, pode modificar-se ao longo do tempo de acordo com as demandas familiares. A ocupação inicial, financiada pelo programa MCMV Entidades, atenderia a uma situação fictícia de um casal com dois filhos. Em um dado momento pode ocorrer uma primeira expansão, com o acréscimo de um cômodo para comércio, e posteriormente, com o crescimento da família, pode-se incluir mais um módulo estrutural para criar um novo quarto.

Sustentabilidade. Acredita-se que uma arquitetura sustentável tira partido da implantação, aproveitando-se da iluminação e ventilação naturais para reduzir gastos energéticos. Partindo disso, propõe-se uma cobertura em sheds que garante a entrada de luz e a ventilação por efeito chaminé em todos os cômodos, mesmo quando o lote for totalmente edificado. Brises garantem a proteção para janelas localizadas em faces nordeste e noroeste, permitindo a entrada de luz sem aquecimento excessivo. As áreas verdes do conjunto contribuem para um microclima agradável, com áreas permeáveis e sombreamento por árvores.

Referências Bibliográficas

CAIXA Econômica Federal. Minha casa minha vida – Entidades. Disponível em: http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_habitacao/entidades/entidades.asp. Acesso em: mai 2014.

FERRO, Sérgio. O canteiro e o desenho. 1976. In: FERRO, Sérgio. Arquitetura e trabalho livre. São Paulo: Cosac Naify, 2006. p.105-200.

KAPP, Silke; OLIVEIRA, Natália Mara Arreguy. Produção seriada e individualização na arquitetura de moradias. Cadernos de Arquitetura e Urbanismo (PUCMG), v. 13, p. 34-44, 2006.

Seção transversal da casa, mostrando o funcionamento da cobertura em sheds que garante aproveitamento de luz e ventilação naturais

Implantação do conjunto no quarteirão, com a conformação de unidades habitacionais e espaços públicos

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Baixios de Viadutos de Belo Horizonte

Projeto para Viaduto Engenheiro Andrade Pinto, vencedor de Menção honrosa.

O viaduto é passagem, mas pode também ser encontro. É esta a ideia estruturante do presente projeto, que pauta-se no compromisso com a cidade e pretende fomentar as inter-relações entre esta e seus habitantes. O projeto propõe soluções que propiciem apropriações coletivas e sejam, simultaneamente, passíveis de interpretações e ressignificações individuais, coerentes com as necessidades e desejos dos seus usuários. A proposta baseia-se no uso livre e compartilhado do espaço público e objetiva, em última instância, o fomento a um sentimento de pertencimento, responsabilidade e segurança, capaz de preservar a heterogeneidade e possibilitar o encontro.

O espaço concebido seria um suporte para a coexistência de usos e atores diversos, de maneira sustentável. A gestão compartilhada do espaço público pela Prefeitura, população e agentes privados do entorno garantiria a sustentabilidade econômica, social e cultural do projeto. A captação de água pluvial, a coleta seletiva e o uso de energia solar tornam a proposta ambientalmente sustentável, sendo necessário o uso de serviços públicos apenas para o abastecimento de água limpa, esgotamento sanitário e coleta dos resíduos sólidos.

Os projetos partem da análise dos usos existentes nos baixios e nos arredores dos viadutos e são uma tentativa de se conceber espacialidades apropriáveis e compatíveis com as demandas atuais e potenciais. Com base na análise das ações a serem mantidas e acrescentadas, são propostos espaços amplos, estruturados a partir de um mobiliário urbano modular que proporciona usos múltiplos e convida a população à apropriação e ao encontro. Por ser modular, de fácil adaptação ao relevo e resistentes à intempéries, tais estruturas podem ser expandidas para as áreas adjacentes ao viaduto e para outros lugares da cidade.

A forma resultante é capaz de acomodar diversas funções, tem baixo custo de construção e não exige muita manutenção. O espaço gerado é amplo e permeável, sem subdivisões opacas. A estrutura vazada e leve se contrapõe à robustez do viaduto, permite a visibilidade plena e uma melhor ventilação natural do espaço. Além disso, a topografia criada possibilita novas visadas e uma experiência lúdica. Além dessas estruturas, o tratamento paisagístico baseado no fluxo de pedestres potencializa a passagem e permanência no baixio.

Projeto para Concurso Público Nacional de Arquitetura para Requalificação Urbana de Baixios de Viadutos em Belo Horizonte. Viadutos Cinquenta e Dois, Engenheiro Andrade Pinto (menção honrosa) e Pedro Aguinaldo Fulgêncio.

Belo Horizonte, 2014

Ficha técnica:
Projeto: Dobra Arquitetura, Interface Tátil, Carolina Boaventura, Cecília Reis, Laura Castro, Márcio Gabrich e Paula Bruzzi.

Viaduto Engenheiro Andrade Pinto
Viaduto Cinquenta e Dois
Viaduto Pedro Aguinaldo Fulgêncio

Clipping

Viaduto Engenheiro Andrade Pinto (Vencedor de Menção Honrosa)

A proposta para o viaduto Engenheiro Andrade Pinto compreende a ocupação do seu baixio e da Avenida Olinto Meireles, totalizando 615 m2 de intervenção. No lugar de muros e divisões setoriais, propõem-se espaços amplos, estruturados por meio de um piso elevado modular, que ocorre em dois níveis. Com o piso pretende-se criar uma espécie de topografia artificial, que, juntamente com o mobiliário urbano modular, possibilite apropriações espaciais livres, sem barreiras excludentes. Em meio ao piso serão deixadas áreas permeáveis e passagens no nível do solo, nas quais pretende-se priorizar o fluxo de pedestres. A proposta, além de potencializar ações que já ocorrem na área, pretende fazer com que o viaduto seja ponto de confluência de ações praticadas por moradores locais, pelos usuários dos estabelecimentos lindeiros e pelos moradores de outras áreas da cidade. Enquanto maneira de viabilizá-la economicamente propõe-se a realização de feiras urbanas e de eventos culturais, bem como a potencialização das atividades artísticas já realizadas no local pelo projeto Escultórias, que exerce importante papel social junto às crianças do bairro. A integração entre o viaduto e os estabelecimentos localizados em suas margens é potencializada pelo fechamento da Avenida Olinto Meireles, que funcionará apenas enquanto local de estacionamento, sem grandes prejuízos para o trânsito local. Por meio de suportes que possibilitem simultaneamente a conexão entre os equipamentos lindeiros e o uso do viaduto enquanto pólo de atividades, pretende-se gerar maior qualidade de vida para os moradores locais e ampliar as possibilidades de desenvolvimento social e econômico para a área.

Viaduto Cinquenta e Dois

Vista para os Escaninhos e a Cozinha Pública. Ao fundo, fontes de água e uma nova área gramada garantem conforto ambiental.

A intervenção compreende o baixio dos dois lados do Viaduto Cinquenta e Dois e o lote vago anteriormente ocupado por um posto de gasolina, totalizando uma área de 9.660m2. O maior aproveitamento desta área poderá incentivar a reativação do uso dos demais lotes vagos e das lojas do entorno. A permanência de caminhões e carros no baixio não será mais permitida, prevendo uma parceria com o estacionamento adjacente. Em contrapartida, os caminhoneiros receberão todo o suporte necessário. Atender aos feirantes, usuários e trabalhadores dos equipamentos urbanos do entorno também é uma meta da intervenção. Para o público da Escola Municipal Magalhães Drumond e do Hospital da Criança, ambos localizados nas imediações, foram criados espaços de recreação e permanência que garantem a segurança das crianças. A travessia de pedestres será potencializada pela relocação dos sinais de trânsito, da faixa de pedestre e do ponto de ônibus, além do uso da pavimentação de traffic calming.

Estrutura para Feiras temporárias. Ao fundo, trecho da Avenida Silva Lobo com traffic calming, garantindo a integração dos dois lados do Viaduto.

Viaduto Pedro Aguinaldo Fulgêncio

Vista para os Escaninhos e a Cozinha Pública. Ao fundo, arquibancadas associadas a playground configuram espaço de lazer voltado para palco.

A proposta para viaduto Pedro Aguinaldo Fulgêncio compreende a ocupção dos seus baixios e a criação de uma edificação elevada, totalizando 7.500 m2 de intervenção. Para a ocupação do baixio, propõem-se espaços amplos, com vegetação abundante e o uso do mobiliário urbano modular, sempre articulados uns aos outros, com o intuito de evitar áreas mono-funcionais. Além da proposição para o baixio, considerando-se o caráter diverso entre os trechos do bairro Floresta e do Centro, separados pelo metrô e pela Av. Andradas, e a possibilidade de implantação de equipamentos âncora, para maior permanência pública nessa região da cidade, propõe-se uma edificação que faça a conexão entre os dois lados do baixio e abrigue equipamentos de uso diversificado e constante. Essa edificação foi estruturada de maneira flexível, para que não exista um uso rígido pré-estabelecido. Ao contrário, faz-se uma indicação de uso, que pode ser transformado a partir do que se desejar. Essa edificação elevada se conecta ao baixio e também à área trafegável do viaduto, em trajeto peatonal, ora por escadas, ora por rampas acessíveis.

Interior da edificação suspensa com lojas e áreas de descanso, passarela lateral de acesso ao viaduto e quadra ao fundo.

Vista externa da estrutura suspensa a partir da Av. dos Andradas

Diagramas de análise dos atores existentes e usos propostos em cada baixio

Mobiliário urbano proposto
1
 Arquibancada
2 Cozinha pública
3 Estrutura para exposição
4 Estrutura para feira
5 Escaninhos
6 Tótem com paineis fotovoltáicos

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Museu do Instante

A Proposta

O Museu do Instante foi uma intervenção cultural na Praça da Liberdade que buscou desconstruir a ideia do museu tradicional para reconstruí-lo na escala urbana. Propõe-se reduzir a distância entre o conteúdo dos museus e a cultura que é produzida cotidianamente na cidade, valorizando práticas e acontecimentos instantâneos que ocorrem no espaço público.

A intervenção ocupou a Praça da Liberdade durante todo um dia, e foi um evento aberto, no qual o público era convidado a abandonar a posição de espectador passivo e participar ativamente da construção de um museu instantâneo, que tinha no espaço público o seu suporte. O Museu do Instante buscou, a partir do uso coletivo da praça, promover ações culturais livres e participativas, que estabelecessem novos tipos de conexão entre os museus e a praça e entre esta e a cidade.

A intervenção

No dia 25 de janeiro de 2014, o Museu do Instante abarcou atividades como teatro de rua, cinema ao ar livre, troca de mudas e diversas outras intervenções espontâneas. Foram convidados grupos que promovem ações culturais nos espaços públicos de Belo Horizonte, como Sarau Vira Lara, Tirana Cia. de Teatro, Kamelô Gráfico, Em Nome do Amor, Troca de Mudas, Menestréis Erramtes, Dedos Verdes, Micrópolis e Liga Brasileira de Queimada. As fachadas do Espaço do Conhecimento UFMG e do Centro Cultural Banco do Brasil, ambos integrantes do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, receberam novos significados: nelas foram projetadas frases e fotos enviadas pelos cidadãos com o tema “A cultura nas ruas e praças de BH”.

Cenografia

A cenografia criou suportes para atividades programadas e espontâneas do Museu do Instante, tirando partido da conformação da Praça da Liberdade. Os ambientes criados receberam nomes que brincam com o museu tradicional e questionam a rigidez de seus espaços: Galerias, Auditório, Sala de Jogos e Sala de Conferência. Devido a seu caráter efêmero, o projeto cenográfico do Museu do Instante utilizou materiais leves e de montagem rápida. Andaimes tubulares foram utilizados para conformar cinco totens ao longo da alameda central da Praça, que serviam como suporte para a cobertura, a sinalização e as chamadas Galerias (infraestruturas de apoio aos grupos convidados). Os andaimes criam volumes e suportes para diversas formas de apropriação mantendo a permeabilidade visual e as visadas para o entorno. A sinalização e a cobertura foram feitas com tecidos leves e coloridos, conferindo um clima festivo à intervenção.

A instalação Deriva – projeto de Lucas Durães e Rafael Gil – foi remontada e fez parte da conformação de um Auditório ao ar livre, recebendo apresentação de teatro de rua, performances circenses, música e uma edição especial do MUMIA – Mostra Udigrudi Mundial de Animação.

Projeto aprovado no edital Circuito Aberto!, do Circuito Cultural Praça da Liberdade

Belo Horizonte, 2014

Ficha técnica:
Idealização, produção e cenografia: Dobra Arquitetura e Paula Bruzzi
Produção geral: Sirlene Magalhães e Irene do Carmo
Produção teatral: Luciana Brandão
Montagem: José Carlos, Dobra Arquitetura e Paula Bruzzi
Fotos: Rosanna Ruettinger

Matéria na revista britânica Blueprint Magazine

Clipping

O Deriva transformou-se em Auditório, recebendo teatro, música e cinema

As Galerias eram suportes para diversas formas de apropriação

Galeria 3 recebeu o projeto Troca de Mudas, com varal de dicas e receitas e oficina de plantio para crianças

Atividades como o Sarau Vira Lata permitem a ação dos usuários no Museu

Fotos sobre a cultura urbana belorizontina, enviadas pelo público do evento

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Vazios entre mercados

Perspectiva espaço C (ver isométrica geral)

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMG.

Partiu-se da proposta de conectar, pela ocupação de vazios urbanos, o Mercado Central e o Mercado Novo de Belo Horizonte, que apesar da grande proximidade física e do uso semelhante, possuem pouca relação entre si. Buscou-se explorar o potencial transformador dos vazios urbanos na dinâmica social, física e econômica da área de projeto. A rede de espaços públicos articuladora de fluxos tornaria possível novos usos e relações entre os mais diversos grupos sociais que fazem parte do hipercentro de Belo Horizonte. Busca-se, assim, conferir aos espaços condições de vida compatíveis com a importância da região de estudo para a cidade, garantindo a prometida função social da cidade.

Belo Horizonte, 2013

Ficha técnica;
Autor: Gabriel Jota
Orientadora: Denise Morado

Perspectiva espaço D (ver isométrica geral)

Perspectiva espaço E (ver isométrica geral)

A Espaço público conectado a pavimento atualmente desocupado de galeria de lojas
B Espaço público aberto com estruturas para feiras e conexão a ponto de ônibus
C Espaço público potencial para receber eventos variados: shows, projeções etc.
Espaço público de permanência com pias, bancadas, mesas e assentos. Atualmente ocupado por estacionamento coberto
E Espaço público aberto com estruturas para feiras e conexão a ponto de ônibus
F Cinema aberto localizado no terreno do antigo Cine Candelária, atualmente ocupado por estacionamento. Conexão direta a pavimento comercial
G Conjunto de espaços públicos e galerias de lojas atualmente ocupado por estacionamentos

A Espaço público conectado a pavimento atualmente desocupado de galeria de lojas
B Espaço público aberto com estruturas para feiras e conexão a ponto de ônibus
C Espaço público potencial para receber eventos variados: shows, projeções etc.
Espaço público de permanência com pias, bancadas, mesas e assentos. Atualmente ocupado por estacionamento coberto
E Espaço público aberto com estruturas para feiras e conexão a ponto de ônibus
F Cinema aberto localizado no terreno do antigo Cine Candelária, atualmente ocupado por estacionamento. Conexão direta a pavimento comercial
G Conjunto de espaços públicos e galerias de lojas atualmente ocupado por estacionamentos