Categorias
Outros

Baixios de Viadutos de Belo Horizonte

Projeto para Viaduto Engenheiro Andrade Pinto, vencedor de Menção honrosa.

O viaduto é passagem, mas pode também ser encontro. É esta a ideia estruturante do presente projeto, que pauta-se no compromisso com a cidade e pretende fomentar as inter-relações entre esta e seus habitantes. O projeto propõe soluções que propiciem apropriações coletivas e sejam, simultaneamente, passíveis de interpretações e ressignificações individuais, coerentes com as necessidades e desejos dos seus usuários. A proposta baseia-se no uso livre e compartilhado do espaço público e objetiva, em última instância, o fomento a um sentimento de pertencimento, responsabilidade e segurança, capaz de preservar a heterogeneidade e possibilitar o encontro.

O espaço concebido seria um suporte para a coexistência de usos e atores diversos, de maneira sustentável. A gestão compartilhada do espaço público pela Prefeitura, população e agentes privados do entorno garantiria a sustentabilidade econômica, social e cultural do projeto. A captação de água pluvial, a coleta seletiva e o uso de energia solar tornam a proposta ambientalmente sustentável, sendo necessário o uso de serviços públicos apenas para o abastecimento de água limpa, esgotamento sanitário e coleta dos resíduos sólidos.

Os projetos partem da análise dos usos existentes nos baixios e nos arredores dos viadutos e são uma tentativa de se conceber espacialidades apropriáveis e compatíveis com as demandas atuais e potenciais. Com base na análise das ações a serem mantidas e acrescentadas, são propostos espaços amplos, estruturados a partir de um mobiliário urbano modular que proporciona usos múltiplos e convida a população à apropriação e ao encontro. Por ser modular, de fácil adaptação ao relevo e resistentes à intempéries, tais estruturas podem ser expandidas para as áreas adjacentes ao viaduto e para outros lugares da cidade.

A forma resultante é capaz de acomodar diversas funções, tem baixo custo de construção e não exige muita manutenção. O espaço gerado é amplo e permeável, sem subdivisões opacas. A estrutura vazada e leve se contrapõe à robustez do viaduto, permite a visibilidade plena e uma melhor ventilação natural do espaço. Além disso, a topografia criada possibilita novas visadas e uma experiência lúdica. Além dessas estruturas, o tratamento paisagístico baseado no fluxo de pedestres potencializa a passagem e permanência no baixio.

Projeto para Concurso Público Nacional de Arquitetura para Requalificação Urbana de Baixios de Viadutos em Belo Horizonte. Viadutos Cinquenta e Dois, Engenheiro Andrade Pinto (menção honrosa) e Pedro Aguinaldo Fulgêncio.

Belo Horizonte, 2014

Ficha técnica:
Projeto: Dobra Arquitetura, Interface Tátil, Carolina Boaventura, Cecília Reis, Laura Castro, Márcio Gabrich e Paula Bruzzi.

Viaduto Engenheiro Andrade Pinto
Viaduto Cinquenta e Dois
Viaduto Pedro Aguinaldo Fulgêncio

Clipping

Viaduto Engenheiro Andrade Pinto (Vencedor de Menção Honrosa)

A proposta para o viaduto Engenheiro Andrade Pinto compreende a ocupação do seu baixio e da Avenida Olinto Meireles, totalizando 615 m2 de intervenção. No lugar de muros e divisões setoriais, propõem-se espaços amplos, estruturados por meio de um piso elevado modular, que ocorre em dois níveis. Com o piso pretende-se criar uma espécie de topografia artificial, que, juntamente com o mobiliário urbano modular, possibilite apropriações espaciais livres, sem barreiras excludentes. Em meio ao piso serão deixadas áreas permeáveis e passagens no nível do solo, nas quais pretende-se priorizar o fluxo de pedestres. A proposta, além de potencializar ações que já ocorrem na área, pretende fazer com que o viaduto seja ponto de confluência de ações praticadas por moradores locais, pelos usuários dos estabelecimentos lindeiros e pelos moradores de outras áreas da cidade. Enquanto maneira de viabilizá-la economicamente propõe-se a realização de feiras urbanas e de eventos culturais, bem como a potencialização das atividades artísticas já realizadas no local pelo projeto Escultórias, que exerce importante papel social junto às crianças do bairro. A integração entre o viaduto e os estabelecimentos localizados em suas margens é potencializada pelo fechamento da Avenida Olinto Meireles, que funcionará apenas enquanto local de estacionamento, sem grandes prejuízos para o trânsito local. Por meio de suportes que possibilitem simultaneamente a conexão entre os equipamentos lindeiros e o uso do viaduto enquanto pólo de atividades, pretende-se gerar maior qualidade de vida para os moradores locais e ampliar as possibilidades de desenvolvimento social e econômico para a área.

Viaduto Cinquenta e Dois

Vista para os Escaninhos e a Cozinha Pública. Ao fundo, fontes de água e uma nova área gramada garantem conforto ambiental.

A intervenção compreende o baixio dos dois lados do Viaduto Cinquenta e Dois e o lote vago anteriormente ocupado por um posto de gasolina, totalizando uma área de 9.660m2. O maior aproveitamento desta área poderá incentivar a reativação do uso dos demais lotes vagos e das lojas do entorno. A permanência de caminhões e carros no baixio não será mais permitida, prevendo uma parceria com o estacionamento adjacente. Em contrapartida, os caminhoneiros receberão todo o suporte necessário. Atender aos feirantes, usuários e trabalhadores dos equipamentos urbanos do entorno também é uma meta da intervenção. Para o público da Escola Municipal Magalhães Drumond e do Hospital da Criança, ambos localizados nas imediações, foram criados espaços de recreação e permanência que garantem a segurança das crianças. A travessia de pedestres será potencializada pela relocação dos sinais de trânsito, da faixa de pedestre e do ponto de ônibus, além do uso da pavimentação de traffic calming.

Estrutura para Feiras temporárias. Ao fundo, trecho da Avenida Silva Lobo com traffic calming, garantindo a integração dos dois lados do Viaduto.

Viaduto Pedro Aguinaldo Fulgêncio

Vista para os Escaninhos e a Cozinha Pública. Ao fundo, arquibancadas associadas a playground configuram espaço de lazer voltado para palco.

A proposta para viaduto Pedro Aguinaldo Fulgêncio compreende a ocupção dos seus baixios e a criação de uma edificação elevada, totalizando 7.500 m2 de intervenção. Para a ocupação do baixio, propõem-se espaços amplos, com vegetação abundante e o uso do mobiliário urbano modular, sempre articulados uns aos outros, com o intuito de evitar áreas mono-funcionais. Além da proposição para o baixio, considerando-se o caráter diverso entre os trechos do bairro Floresta e do Centro, separados pelo metrô e pela Av. Andradas, e a possibilidade de implantação de equipamentos âncora, para maior permanência pública nessa região da cidade, propõe-se uma edificação que faça a conexão entre os dois lados do baixio e abrigue equipamentos de uso diversificado e constante. Essa edificação foi estruturada de maneira flexível, para que não exista um uso rígido pré-estabelecido. Ao contrário, faz-se uma indicação de uso, que pode ser transformado a partir do que se desejar. Essa edificação elevada se conecta ao baixio e também à área trafegável do viaduto, em trajeto peatonal, ora por escadas, ora por rampas acessíveis.

Interior da edificação suspensa com lojas e áreas de descanso, passarela lateral de acesso ao viaduto e quadra ao fundo.

Vista externa da estrutura suspensa a partir da Av. dos Andradas

Diagramas de análise dos atores existentes e usos propostos em cada baixio

Mobiliário urbano proposto
1
 Arquibancada
2 Cozinha pública
3 Estrutura para exposição
4 Estrutura para feira
5 Escaninhos
6 Tótem com paineis fotovoltáicos

Categorias
Outros

Museu do Instante

A Proposta

O Museu do Instante foi uma intervenção cultural na Praça da Liberdade que buscou desconstruir a ideia do museu tradicional para reconstruí-lo na escala urbana. Propõe-se reduzir a distância entre o conteúdo dos museus e a cultura que é produzida cotidianamente na cidade, valorizando práticas e acontecimentos instantâneos que ocorrem no espaço público.

A intervenção ocupou a Praça da Liberdade durante todo um dia, e foi um evento aberto, no qual o público era convidado a abandonar a posição de espectador passivo e participar ativamente da construção de um museu instantâneo, que tinha no espaço público o seu suporte. O Museu do Instante buscou, a partir do uso coletivo da praça, promover ações culturais livres e participativas, que estabelecessem novos tipos de conexão entre os museus e a praça e entre esta e a cidade.

A intervenção

No dia 25 de janeiro de 2014, o Museu do Instante abarcou atividades como teatro de rua, cinema ao ar livre, troca de mudas e diversas outras intervenções espontâneas. Foram convidados grupos que promovem ações culturais nos espaços públicos de Belo Horizonte, como Sarau Vira Lara, Tirana Cia. de Teatro, Kamelô Gráfico, Em Nome do Amor, Troca de Mudas, Menestréis Erramtes, Dedos Verdes, Micrópolis e Liga Brasileira de Queimada. As fachadas do Espaço do Conhecimento UFMG e do Centro Cultural Banco do Brasil, ambos integrantes do Circuito Cultural da Praça da Liberdade, receberam novos significados: nelas foram projetadas frases e fotos enviadas pelos cidadãos com o tema “A cultura nas ruas e praças de BH”.

Cenografia

A cenografia criou suportes para atividades programadas e espontâneas do Museu do Instante, tirando partido da conformação da Praça da Liberdade. Os ambientes criados receberam nomes que brincam com o museu tradicional e questionam a rigidez de seus espaços: Galerias, Auditório, Sala de Jogos e Sala de Conferência. Devido a seu caráter efêmero, o projeto cenográfico do Museu do Instante utilizou materiais leves e de montagem rápida. Andaimes tubulares foram utilizados para conformar cinco totens ao longo da alameda central da Praça, que serviam como suporte para a cobertura, a sinalização e as chamadas Galerias (infraestruturas de apoio aos grupos convidados). Os andaimes criam volumes e suportes para diversas formas de apropriação mantendo a permeabilidade visual e as visadas para o entorno. A sinalização e a cobertura foram feitas com tecidos leves e coloridos, conferindo um clima festivo à intervenção.

A instalação Deriva – projeto de Lucas Durães e Rafael Gil – foi remontada e fez parte da conformação de um Auditório ao ar livre, recebendo apresentação de teatro de rua, performances circenses, música e uma edição especial do MUMIA – Mostra Udigrudi Mundial de Animação.

Projeto aprovado no edital Circuito Aberto!, do Circuito Cultural Praça da Liberdade

Belo Horizonte, 2014

Ficha técnica:
Idealização, produção e cenografia: Dobra Arquitetura e Paula Bruzzi
Produção geral: Sirlene Magalhães e Irene do Carmo
Produção teatral: Luciana Brandão
Montagem: José Carlos, Dobra Arquitetura e Paula Bruzzi
Fotos: Rosanna Ruettinger

Matéria na revista britânica Blueprint Magazine

Clipping

O Deriva transformou-se em Auditório, recebendo teatro, música e cinema

As Galerias eram suportes para diversas formas de apropriação

Galeria 3 recebeu o projeto Troca de Mudas, com varal de dicas e receitas e oficina de plantio para crianças

Atividades como o Sarau Vira Lata permitem a ação dos usuários no Museu

Fotos sobre a cultura urbana belorizontina, enviadas pelo público do evento

Categorias
Outros

Vazios entre mercados

Perspectiva espaço C (ver isométrica geral)

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMG.

Partiu-se da proposta de conectar, pela ocupação de vazios urbanos, o Mercado Central e o Mercado Novo de Belo Horizonte, que apesar da grande proximidade física e do uso semelhante, possuem pouca relação entre si. Buscou-se explorar o potencial transformador dos vazios urbanos na dinâmica social, física e econômica da área de projeto. A rede de espaços públicos articuladora de fluxos tornaria possível novos usos e relações entre os mais diversos grupos sociais que fazem parte do hipercentro de Belo Horizonte. Busca-se, assim, conferir aos espaços condições de vida compatíveis com a importância da região de estudo para a cidade, garantindo a prometida função social da cidade.

Belo Horizonte, 2013

Ficha técnica;
Autor: Gabriel Jota
Orientadora: Denise Morado

Perspectiva espaço D (ver isométrica geral)

Perspectiva espaço E (ver isométrica geral)

A Espaço público conectado a pavimento atualmente desocupado de galeria de lojas
B Espaço público aberto com estruturas para feiras e conexão a ponto de ônibus
C Espaço público potencial para receber eventos variados: shows, projeções etc.
Espaço público de permanência com pias, bancadas, mesas e assentos. Atualmente ocupado por estacionamento coberto
E Espaço público aberto com estruturas para feiras e conexão a ponto de ônibus
F Cinema aberto localizado no terreno do antigo Cine Candelária, atualmente ocupado por estacionamento. Conexão direta a pavimento comercial
G Conjunto de espaços públicos e galerias de lojas atualmente ocupado por estacionamentos

A Espaço público conectado a pavimento atualmente desocupado de galeria de lojas
B Espaço público aberto com estruturas para feiras e conexão a ponto de ônibus
C Espaço público potencial para receber eventos variados: shows, projeções etc.
Espaço público de permanência com pias, bancadas, mesas e assentos. Atualmente ocupado por estacionamento coberto
E Espaço público aberto com estruturas para feiras e conexão a ponto de ônibus
F Cinema aberto localizado no terreno do antigo Cine Candelária, atualmente ocupado por estacionamento. Conexão direta a pavimento comercial
G Conjunto de espaços públicos e galerias de lojas atualmente ocupado por estacionamentos

Categorias
Outros

Lugar Algum

Lugar Algum, elaborada pelo coletivo Marginalia Project em parceria com a artista Luisa Horta, foi uma instalação interativa que explora situações de velamento e descoberta de imagens. Através da manipulação de uma lanterna, os visitantes eram convidados a explorar o interior de uma sala escura e, na medida em que iluminavam suas paredes, eram reveladas projeções de vídeos.

O ambiente de entrada, com baixa iluminação e sobreposição de imagens translúcidas em diferentes planos, preparava o público para a experiência na instalação.

Belo Horizonte, 2011

Ficha técnica:
Realização: Marginalia Lab – Laboratório de arte e tecnologia e Luisa Horta
Cenografia: Débora Moura, Gabriel Jota e Jéssica Passos
Fotos: Marginalia Lab

Estruturas e equipamentos para a projeção

Entrada e sinalização

Evento de abertura da instalação

Categorias
Outros

EA 80 Anos: Exposição comemorativa

Mesas com fotos e folhetos informativos sobre obras arquitetônicas relevantes

A exposição EA 80anos: lembranças do passado, visão do futuro aconteceu no Palácio das Artes na sala Mari’Stella Tristão e foi parte da comemoração do aniversário de 80 anos da Escola de Arquitetura da UFMG. A partir do resgate da obra da comunidade de arquitetos, professores e estudantes da Escola, a exposição reuniu registros de suas obras arquitetônicas mais relevantes.

Ficou evidente a importância da Escola de Arquitetura da UFMG na construção da cidade de Belo Horizonte. Além desses registros, a exposição contou com contribuições do público por meio da interação com o espaço e da realização de um concurso de ideias para a cidade.

Belo Horizonte, 2011

Ficha técnica:
Concepção e curadoria: Celina Lemos e Flávio Carsalade
Expografia: Cristiano Cezarino, Fernanda Chagas e Gabriel Jota
Equipe técnica executiva: Bolsistas do programa de educação tutorial PET Arquitetura

Painéis verticais exibem fotos da construção do prédio da Escola de Arquitetura da UFMG | à esquerda, exposição dos trabalhos vencedores do Concurso Cultural EA 80 anos

Vista geral das mesas expositivas | à esquerda, mural de Post-it aberto à intervenção do público

Categorias
Outros

EA 80 Anos: Hygina Bruzzi

A luz natural, filtrada pelo painel translúcido, confere ambiência etérea à sala | os pilares revestidos com espelhos criam um jogo visual

A exposição EA 80: Hygina Bruzzi aconteceu no Palácio das Artes e foi parte da comemoração do aniversário de 80 anos da Escola de Arquitetura da UFMG. Aluna e professora da Escola, a arquiteta, poeta, filósofa e artista Hygina Bruzzi foi homenageada com o resgate de parte de sua obra. No ambiente, cores, reflexos, visível e tangível transformam o espaço expográfico e submergem o espectador no complexo universo da produção de Hygina.

Belo Horizonte, 2011

Ficha técnica:
Concepção e curadoria: Celina Lemos e Flávio Carsalade
Expografia: Cristiano Cezarino, Fernanda Chagas e Gabriel Jota
Pesquisa e seleção de trabalhos: Paula Bruzzi

Na parede, uma nuvem de pinturas, poemas e fotos de Hygina aproxima o público do complexo universo da arquiteta

Espelhos adesivados com poemas

No chão, um poema de Hygina conduz o público ao longo da galeria

Entrada da sala

Categorias
Outros

Através das Sombras

Suicídio no jardim de espinhos

Cenografia para a peça teatral Através das Sombras, que junta fragmentos da mitologia grega numa história de suicídio, delírio e morte. A peça percorria os cinco andares da Escola de Arquitetura da UFMG, que ganhou outra ambiência a partir da ressignificação de objetos cotidianos. Em seus processos de elaboração, cenas e cenários se influenciaram, sempre tomando partido da arquitetura existente.

Belo Horizonte, 2008

Ficha técnica:
Roteiro e Direção: Júlio Viana
Cenografia: Cristiano Cezarino, Daniel Parreira, Fernanda Chagas e Gabriel Jota
Fotos: Rosanna Ruettinger

Caminhada rumo ao Hades

Enforcamento do filho de Medeia

Caminhada rumo ao Hades

Categorias
Corporativo

Agência Filadélfia

A agência de comunicação Filadélfia precisava de um projeto para sua nova sede, um pavimento livre de 360m2 no coração da Savassi.  Esse novo espaço devia seguir a estética do antigo, baseada em texturas de madeira e cimento queimado (projeto por Rizoma Arquitetura).

Adaptar o mobiliário existente à nova planta, repensar as relações entre as equipes e manter o contraste de texturas foram o ponto de partida desse projeto.

O layout proposto divide o espaço em dois pólos. No pólo direito ficam as salas de reunião, divididas por painéis de vidro. No pólo esquerdo localizam-se as salas que precisam de mais privacidade e equipes de atendimento.

Com este layout, atendemos às demandas de organização do espaço e às questões de conforto térmico, iluminação natural e circulação.

Belo Horizonte, 2015

Ficha técnica
Projeto Dobra Arquitetura
Fotos: Bárbara Dutra

Staff – Criação

Sala de reunião

Corredor de circulação

Copa

Mais detalhes do projeto: