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Casa da Voz I

Alguns projetos vem cheios de história pra contar. Construída em 1938, essa que era a casa da vó da Ana, passou por uma reforma e agora, 80 anos depois, abriga a Casa da Voz – um ateliê de aulas de canto e teatro.

Mantivemos as janelas em arco da fachada frontal e, respeitando as linhas retrô, projetamos esse muro de tijolinhos e gradis ornamentais. A combinação de cores vibrantes reflete personalidade forte e alegre da Ana.

Na sala de entrada descascamos uma parede para revelar os tijolos originais da construção. Na sala de canto, um piano, luzes cênicas e quadros de grandes cantores dão o tom do ambiente.

Na área externa, sofás, cadeiras, plantas e gatos fazem lembrar o aconchego de um típico quintal de vó.

Belo Horizonte, 2018

Ficha técnica
Projeto: Dobra Arquitetura
Paisagismo: Ana e Brotos Oficina
Fotos: Ivan Araújo
Filmagem e Letterings (vídeos): Daniel Bandeira
Edição de vídeo: Letícia Arantes

Portas e janelas pintadas em amarelo deixam o interior mais descontraído.

A grande janela em arco marca tanto a fachada quanto a sala de entrada. À esquerda, um quadro com os primeiros moradores da casa.

Mais detalhes do projeto:

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Casa da Marilene e da Iara

A casa de alvenaria estrutural recém comprada tinha divisões que não agradavam as duas novas proprietárias: três salas pequenas e sem integração e um quarto com entrada pela cozinha. Além disso, a casa já antiga, com algumas infiltrações, precisava ainda de troca de revestimentos, substituição de parte do telhado e reforma da área externa.

Para ampliar os ambientes pequenos, as paredes entre as três salas foram quebradas e a porta entre a sala de jantar e a cozinha substituída por uma abertura maior – o reforço estrutural foi feito com vigas e pilares de concreto. Os banheiros e a cozinha ganharam bancadas e revestimentos novos, a área de serviço foi reposicionada, o piso de parte da sala foi substituído e toda a casa foi pintada. Na área externa, o piso foi redesenhado com tijolos cerâmicos, a varanda da frente foi ampliada e uma nova varanda foi construída nos fundos.

Lagoa Santa — MG, 2015

 Ficha técnica
Projeto: Dobra Arquitetura
Fotos: João Amétrico

Cozinha com bancada de concreto, gradil de serralheria e parede revestida com porcelanato e pastilha.

Quarto com pintura substituindo cabeceira da cama.

Banheiro com faixa de ladrilhos no piso e na parede, bancada revestida com porcelanato.

Quintal com piso em tijolos cerâmicos.

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Ferro-velho: algumas inspirações

Para quem quer mudar um pouco a decoração da casa, recomendamos uma visita a um local menos óbvio do que lojas de tinta, de móveis ou de quadros: ferros-velhos!

Eles podem ser um ótimo lugar pra comprar objetos bonitos, únicos e com preços acessíveis. É um jeito sustentável de deixar sua casa mais charmosa e cheia de história!

Antigamente era mais comum ver pelas janelas, guarda-corpos e portões gradis ornamentais super bonitos e trabalhados. Muitos desses objetos (que são quase obras de arte!) estão esquecidos em ferros-velhos, e podem ganhar um uso novo e improvável dentro de casa.

Com um pouco de criatividade é possível, por exemplo, transformar gradis enferrujados em peças de móveis, portas, divisórias, cabeceiras, suportes para jardins verticais… Um bom exemplo é esse que foi transformado em pé de mesa, na casa da casa da Fernanda Goulart (à direita).

No projeto da Casa da Marilene, encontramos junto com as clientes um gradil com as dimensões perfeitas para se tornar uma divisória ao lado da bancada da cozinha!

Depois da pintura ele pareceu novo em folha, e deu um toque na decoração do espaço.

O GRADIL ACHADO EM FERRO VELHO VIROU DIVISÓRIA NA COZINHA
Casa da Marilene

GRADIL TRANSFORMADO EM PÉ DE BANCADA
Casa da Fernanda Goulard

Nós mapeamos alguns ferros-velhos de Belo Horizonte e fizemos uma seleção de fotos dos “tesouros” que pode ser encontrados neles! Vão aí alguns endereços:

Ferro-velho Marra: Av. Bernardo Vasconcelos, nº1900

Durval Bicicletas: Av. dos Andradas, nº5800

Rua Itapecerica, Lagoinha (nessa rua é possível encontrar, além de ferros-velhos, muitas lojas de móveis antigos).

E abaixo mais alguns exemplos desses elementos que a gente ama.

 
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Bate papo: Urbano Ornamento + Museu do Cotidiano

Ontem, tivemos o prazer de receber no Guajajaras Comunidade Criativa o Antônio Figueiredo e a Fernanda Goulart para um bate-papo acerca do resgate da memória de Belo Horizonte a partir de objetos do cotidiano. Ambos têm interesse comum em valorizar e reunir objetos que remetem a tempos passados e que são comumente descartados, seja pela obsolescência programada que acompanha a multiplicação infinita de produtos industriais, seja pela dinâmica imobiliária de substituição de edificações recorrente em nossas grandes cidades.

O Antônio nos contou sobre o surgimento do seu interesse em reunir objetos do cotidiano e explicou o projeto do museu que pretende abrir em breve. Por meio de uma sequência de fotos feitas em um dos oito galpões onde mantém mais de 100 mil objetos recolhidos ao longo de quase 30 anos, o objeteiro revelou as histórias por trás de algumas peças: suas especificidades, curiosidades, e as formas inusitadas em que foram encontradas. O rico acervo de Antônio forma um retrato fragmentado e detalhado da história do cotidiano mineiro. Você pode ler mais sobre o Antônio e seus objetos nesta matéria da revista Piseagrama.

Já a Fernanda apresentou o Urbano-Ornamento, um trabalho encantador que desenvolve em seu doutorado e que gerou como fruto a publicação de um livro que será lançado por meio de financiamento do Catarse. Ela relatou o que a instigou a iniciar a pesquisa, como se deu a consolidação da ideia e a metodologia abordada pelo processo de inventariado de gradis, um dos principais produtos de sua investigação. O que começou como uma coleção particular de fotos e lembranças tornou-se um abrangente inventário de modelos de grades ornamentais de Belo Horizonte.